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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Vai um livro aí?

Acabo de ler o relato da Cynthia sobre a alfabetização do seu filho mais velho.
Imagino que deve ser muito emocionante ver alguém que saiu de dentro de você começar a seguir o seu próprio caminho!
A leitura é isso: a abertura dos caminhos da vida.
Sabendo ler o mundo cresce e a gente tem acesso a muitas coisas, o tempo todo.


Lembro quando eu era menina e nós não tínhamos nenhum dinheiro em casa. Livros era um luxo que não podíamos ter.
Felizmente eu sempre tive muitos amigos. Lembro perfeitamente de uma menina, Lenise.
Ela tinha uma porção de irmãos (todos os nomes começavam com Le!) e morava numa casa bem grande.
Os pais deles sempre compravam muitos livros, aquelas coleções enormes que eram tão comuns quando eu era criança. Entre essas coleções havia uma que me encantava: Monteiro Lobato.
Minha pequena amiga foi gentil e generosa e me emprestou, um a um, todos os livros da coleção da família.
Foi assim que eu comecei a me transformar numa "traça".
Na adolescência minha paixão era por Jorge Amado, também das prateleiras da Lenise.
Depois vieram muitas outras paixões literárias e muitas compras também.
Sidney Sheldon, li tudo!
Ken Follet, autor de Pilares da Terra, teve sua obra tranformada em objeto de desejo depois que eu li, emprestado de alguém cujo nome não me lembro, O Terceiro Gêmeo.
Coma, que virou filme, me apresentou a Robin Cook, um oftalmogista americano que escreve ficção médica com maestria. Impossível ler um só!
Uma vez me caiu nas mãos O Júri, de John Grisham eu eu quis ler tudo dele: O Sócio, A Casa Pintada, O Advogado, entre outros.
Tem ainda aquelas sequências do tipo Harry Potter, Crepúsculo, Fronteiras do Universo, O Senhor dos Anéis. Leio tudo, até dicionário.
Só não gosto de jornal. As letras são pequenas demais e sujam as minhas mãos.
Li O Físico (que deveria ser O Médico), um livro gigante que a gente não quer largar e fica triste quando acaba.
Não consigo sequer imaginar quantos livros já li. Foram muitos.

Quando nos mudamos para esse apartamento eu doei cerca de 200 livros e ainda fiquei com muitos aqui, os meus favoritos, que eu pretendo ler mais vezes.

Como comentei com a Cynthia, em casa todos gostamos de ler.
Lembro de uma vez em que estávamos todos numa casa na praia, no carnaval. Chovia muito e era impossível colocar o pé na rua. Éramos meu marido e eu, minha mãe, minha irmã e os três filhos dela, adolescentes, três meninos. Em determinado momento me dei conta de que havia um silêncio muito grande na casa e descobri que TODOS estavam em seus cantinhos, cada um com seu livro, quietos, concentrados.


Ler ajuda a imaginar e a imaginação pode nos levar aonde quisermos ir.
Ajuda também a escrever  - olha só o tamanho da postagem!
Se você pode e sabe como, ensine alguém a ler, estimule esse hábito nas crianças que conhece e ama, dê livros de presente.
Nunca é cedo para começar, nem tarde para continuar.

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