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terça-feira, 29 de março de 2011

Adeus!

" Eu não tenho medo da morte, tenho medo da desonra."

(José de Alencar)

domingo, 27 de março de 2011

Silêncio

"Um casal vive há 20 anos na mais perfeita harmonia, sem trocar uma palavra. Nem um monossílabo, nem um pantim, nem um grunhido, nem um muxoxo, nem um arrulho, apenas o silêncio a lastrear o lindo amor dos pombinhos. Talvez seja a fórmula do sucesso, o Santo Graal dos relacionamentos, a chave do mistério. Assim vivem João e Maria, como aqui batizamos camufladamente a parelha evitando o som e à fúria dos urubus plantonistas.
Meu primo Zé Humberto contou a bela história ali na calçada de Tica e Dison, sábios e queridos tios que convivem com sabedoria e poucas palavras no discreto Sítio das Cobras, no mesmo município de Santana do Cariri adonde reina o casal mais calado do mundo.
João e Maria, meia dúzia de meninos, estão na faixa dos 65 de idade e deixaram de se falar por besteira e capricho. Certo dia, João a procurou, com teimosia e macheza, e Maria recusou-se a fazer os gostos sexuais do marido. Não estava a fim, pronto, queria ficar na dela.
Sem discussões
O cabra voltou a insistir por mais cinco vezes nas semanas seguintes. A católica Maria, cansada de guerras e gravidezes, manteve-se na resistência. Com o orgulho de macho ferido, ele fechou a cara. Em pouquíssimo tempo descobriram o bem que fazia aquele silêncio, passaram a conviver sem discussões ou arengas, estavam a dois passos do paraíso na terra.
Com a economia de palavras, não inventam conflitos, não brigam por miudezas, não ferem e não são feridos com o mal que sai da boca do homem. 
Meu primo Zé Humberto, que visita aquele lar doce lar semanalmente para a venda de carne em domicílio, assegura: não há casal mais feliz nas redondezas.
Até mesmo quando estão em dúvida se compram um talho de contrafilé ou de costela, por exemplo, eles tocam de ouvido. Num simples olhar espatifam-se as dúvidas sobre o cimento da sala como em uma mágica.
Dias desses, o homem da carne flagrou João morrendo de saudade. Maria estava passeando em São Paulo. Ele morria por dentro de tanta falta. De gozação e chiste, o visitante sugeriu um telefonema, pelo menos umas duas, três unidades de crédito no orelhão da esquina. O marido saudoso até se benzeu para evitar a tentação da proposta.
João aprecia mesmo, na mirada certeira dos seus olhos semi-áridos, é olhar a sua mulher sem que ela perceba. Admirá-la dormindo, por exemplo, a extrema beleza da calada da noite. Fica horas neste exercício, relembrando o tempo em que estragavam o amor com palavras como tapurus que botam a perder as melhores goiabas. João e Maria agoram contemplam a vida, ali nos ares da Chapada do Araripe, como um jovem casal de mãos dadas no silêncio escuro do cinema.
É calando que a gente se entende, diriam João e Maria, os meus personagens reais da semana. Os casais falam demais, intermináveis discussões de relação, as famosas dê-erres. Conviver também é cortar palavras, caro poeta itabirano. Conviver é catar o feijão sobre a mesa, como diria outro João, aquele do verso mais econômico.
Na fachada de todos os lares doces lares deveria ter inscrito, bem no alto, Silêncio!, como aquela velha placa dos hospitais. E quem tiver algo a dizer contra a advertência que fale agora. Ou cale-se para sempre."

Reportagem de hoje do Yahoo...
Pode ser o segredo do sucesso pra tudo.
Como já dizia Sófocles, sei lá quando na história desse nosso mundinho: " eu já me arrependi dos meus discursos, jamais do meu silêncio!"

Trabalhos de março de 2011

Um mês atípico, cheio de feriados, férias, dias de moleza absolutamente deliciosa.
Fiz algumas peças e outras estão quase prontas.
Quanto estiverem todas prontas, completo aqui.

Página 30 x 30


Carimbos com textura


Forração com tecido


Textura com envelhecimento


Pátina Ferro

sábado, 26 de março de 2011

ODEIO O IRON MAIDEN

Tenho odio dos shows do Morumbi, principalmente desses grupos que ficam gritando feito loucos, fazendo um barulho infernal que insistem em chamar de música.


Agora mesmo, mal consigo pensar no que escrever quando tem milhares de fãs enlouquecidos, gritando junto com os malucos do palco, fazendo um barulho que ninguém merece.
Não há travaesseiro, plug de ouvido, remédio pra dormir que dê jeito dessa arruaça.
Eu deveria ter desconto no IPTU por morar perto desse hospício cahmado Morumbi.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Estar apaixonado faz bem à autoestima

Inspiração de músicas de vários ritmos, gás para o roteiro de grandes produções cinematográficas e forte como um tornado para deixar nossa vida de cabeça para baixo. O sentimento da paixão é suficiente para turbinar qualquer vida morna e ocupar a mente de qualquer mortal. O que poucos sabem é que, quando nosso coração bate mais forte do que de costume, nosso corpo agradece as doses de substâncias que trazem benefícios desde o fio de cabelo até o dedão do pé. Especialistas garantem que a paixão ajuda no bom funcionamento do corpo.

"Diferentes pesquisas mostram que a paixão libera endorfinas, substâncias produzidas pelo cérebro que acionam e estimulam o circuito neuronal do prazer, estimulando o corpo como um todo. Assim, a pele fica mais bonita, a pessoa tem mais vontade de se cuidar, o mundo passa a ter um significado positivo e as situações felizes são mais valorizadas. A paixão traz felicidade e as pesquisas também apontam que ser feliz torna a saúde melhor", diz a doutora em psicologia social Maria Izabel Calil Stamato. 


No cérebro, a região que rege os nossos sentimentos primitivos, como raiva, alegria e tristeza, recebe mais sangue e os neurotransmissores apresentam atividade mais intensa quando o indivíduo pensa na pessoa por quem está apaixonada e amando.
A paixão traz consigo a calma, tranquilidade, energia, motivação e a sensação de otimismo. Ao longo do envolvimento amoroso, a pessoa também procura cuidar mais de si mesma, desde fazer exercícios, passando pela preocupação com a frequência às visitas ao médico e aos cuidados com a saúde e chegando até a vontade mudar o visual. Uma maneira importante para fortalecer a paixão é o sexo. A combinação de ambos contribui para uma aproximação maior do casal. Além de queimar calorias e fazer bem à saúde, estimula a autoestima de ambos. 
Da paixão ao amor
O ser humano passa por um processo delicado durante o relacionamento afetivo. Após alguns meses de paixão, outras regiões do cérebro são estimuladas e um sentimento mais duradouro entra de vez em cena: o amor. Ele é considerado a ligação mais sólida e densa - o que estimula substâncias diferentes no corpo, como a ocitocina nas mulheres e vasopressina nos homens. É o momento que, enfim, encontramos aquele modelo de ser humano que criamos ao longo de nossa vida, segundo diz Maria Izabel. 


Bora lá, pessoal.... 
Quero ver todo mundo lindo e apaixonado...


Artigo publicado hoje, no Yahoo!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Clarice Lispector

Liberdade é pouco.
O que eu quero ainda não tem nome...


sábado, 19 de março de 2011

HOMENS, SEGUNDO VINÍCIUS DE MORAIS




Os Homens.

        Os homens bons, são feios (é verdade)
                       Os homens bonitos, não são bons (concordo plenamente!)
         Os homens bonitos e bons, são gays (com certeza kkk)
                 Os homens bonitos, bons e heterossexuais, estão casados (óbvio...)
Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro (infelizmente é verdade...)
Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro..
Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.
Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro, são covardes
Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e  NUNCA DÃO O
PRIMEIRO PASSO!
Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.
AGORA...
QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS HOMENS?
 
Moral da História:
 
" Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e
é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até
que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar " (a-d-0-r-e-i!!!)


'Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas.' ( palmas para ele!!!)
 
Vinicius de Morais

A morte

"A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos" 
(Pablo Picasso).

terça-feira, 8 de março de 2011

Voluntariado


Meu bloguinho sempre foi uma coisa quase particular.
Não tinha seguidores e acreditava que ninguém lia as coisas que eu escrevo.
Hoje já posso observar mais de 8 mil acessos. 
Incrível!
Essa semana, surpreendentemente, pessoas que eu nunca vi e nem sei como encontrar resolveram se manifestar sobre uma das minhas postagens.

Por incrível que pareça, foi a miséria humana que chamou a atenção dessas pessoas.


A miséria de quem tem fome e a miséria de quem tem e joga fora ou simplesmente ignora as mazelas da humanidade.

Por um lado eu fico muito contente em saber que existe sim, gente que se preocupa e que gostaria de ajudar, mesmo sem saber como ou por onde começar.

No entanto observo que os fatos alegres e as coisas de artesanato que eu posto faz um tempão não tenham chamado a atenção de ninguém.

Tô contente, muito contente em ver que escrevo não apenas para mim mesma, para não esquecer minhas idéias e meus pensamentos.
Tem gente que lê e compartilha meus sentimentos.


Encontrei uns tópicos simples e legais no site (http://www.amigosdocoracao.org.br/voluntariado.htm), sobre voluntariado:


COMO VOCÊ PODE AJUDAR
Você pode ser um voluntário, doando seu tempo, trabalho e talento.
Você pode " vestir a camisa de uma associação " e ser um agente multiplicador da idéia.
Você pode patrocinar projetos de promoção à reinserção social do portador de cardiopatia.
Você pode patrocinar eventos.
Você pode doar objetos novos ou usados para venda em bazares e rifas, e para distribuição entre pessoas carentes.
Você pode ser sócio mantenedor, fazendo doações financeiras para instituições que cuidam de pessoas necessitadas.

Eu mudei um pouco o texto deles, uma vez que acredito que nem todo mundo tem jeito para lidar com gente doente, mas todos podem ajudar de alguma forma.


Ser voluntário pode ser uma coisa bacana, gratificante.
Vou pensar seriamente nisso.


Quem sabe essa coisa dá frutos. Não só bananas para o Maurice!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Juliano

Pois é, Juliano, já somos três.
Três perdidos, solidários mas sem saber como ajudar.
Se juntarmos mais alguns como você, o Fernando e eu, quem sabe a gente não consegue ajudar de verdade?


O duro é saber que tem gente que pode (e deve) ajudar e está preocupado apenas com o próprio umbigo.
Dá nojo, né?

Eu não tenho coragem de ir até lá.
Mas há quem tenha peito pra isso.
O mais importante é mobilizar bastante gente, gente decente, pra conseguir mandar alguém levando ajuda.
Eu uso meu blog para mostrar minha indignação.
Cada um tem sua maneira de fazer isso.
Quem sabe a gente não está começando uma coisa legal, que mesmo não sendo grandiosa pode ajudar os Maurices do Haiti...

Ao Fernando

Fernando,
Eu bem que gostaria de saber qual é o caminho para ajudar crianças e velhinhos que vivem na miséria, assim como o nosso Maurice.



Não sei o que fazer, nem por onde começar.
Dói saber que todos os que se mexem para ajudar podem ter suas boas intenções literalmente " roubadas" por um bando de inescrupulosos, sem moral e sem alma que desvia tudo muito antes de chegar ao destino esperado.
Tem tanta gente no mundo precisando de tanta coisa, né?
Eu não gastei o que você gastou para passar o carnaval na Bahia, mas gasto muito e o tempo todo com coisas sem as quais eu poderia viver muito bem.
Muita gente deve sentir o que sentimos ao ver aquela matéria, mas parece que todos nós esquecemos rápido, na primeira esquina e continuamos levando a mesma vidinha de sempre, egoísta e cheia de supérfluos.
Eu gostaria que fosse diferente, gostaria de conseguir ser diferente.
Mas não perdi a esperança, nem no mundo nem em mim mesma.
Bom carnaval pra você.
Didi

Dr. Guilherme Furtado


Fala sério, gente...
Eu nunca assisto televisão pela manhã, já que é a hora que estou carregando pedra.
Hoje é segundona de carnaval (?) e eu estou aqui, de papo pro ar - embora tenha uma montanha de roupas me esperando pra passar o ferro nelas.
A programação da TV está normal, embora tenha sido gravada, naturalmente, por que "personalidades" não vão trabalhar no carnaval, né?
Acabo de ter uma crise de arritmia vendo o programa da Ana Maria Braga. Apareceu um deus grego, falando sobre o que comer pra não ter um troço com os excessos do carnaval.
Ele próprio é um excesso, pessoal.... O homem é lindo!


Chama-se Guilherme Furtado, é médico (não sei qual a especialidade do sujeito) e parece que ele tem um quadro no programa dela.
Eu não posso ir ao consultório de um médico desses pois além de gastar uma pequena fortuna que deve custar a consulta dele, não conseguiria ouvir nem uma palavra que ele dissesse.
Um monumento...

Bom, além de lindo ele fala de coisas sérias e importantes pra qualidade de vida que todo mundo merece ter.
O vídeo abaixo mostra algumas dicas do moço para viver melhor:
AME
DURMA
RELAXE
FORTALEÇA-SE
DANCE
COMA
RESPIRE
Parecem simples, mas observe direitinho se você consegue fazer tudo isso, ou pelo menos uma parte disso.
Vou assistir esse vídeo todos os dias, pra ver o moço bonito e ouvir os seus conselhos.
Se vou conseguir viver mais e melhor, eu não sei.
Com certeza meus olhos agradecerão!

http://maisvoce.globo.com/videos/v/sos-mais-voce-doutor-guilherme-furtado-fala-sobre-longevidade/1369379/

domingo, 6 de março de 2011

Corrida de rua no Haiti

À noite, as ruas são desertas em Bel Air, o principal e mais destruído bairro de Porto Príncipe, capital do Haiti. Praticamente não há energia elétrica. Há poucos pontos de luz, o que esconde apenas parte da pobreza, do esgoto lançado nas calçadas e dos animais que circulam entre o lixo.
Os escombros do terremoto que há um ano devastou o país que já era o mais pobre das Américas ganham mais destaque durante o dia. As pessoas saem às ruas, circulam entre barraquinhas que vendem de tudo e exalam mau cheiro, todos estão aglomerados em meio ao caos junto ao trânsito de carros velhos da cidade destruída.
No próximo domingo, porém, um grupo de brasileiros decidiu mudar um pouco este cenário que mais parece de pós-guerra.
"Tem gente dando água, comida, barraca. E os haitianos precisam de tudo isso, claro. O que a gente podia fazer a mais? Amanhã as ONGs vão embora e fica o quê? Escolhemos o esporte", diz o capitão Bernardo Correa Neto, idealizador da Jornada Haitiana do Esporte pela Paz.

Marcel Merguizo/Folhapress


Os 
atletas brasileiros no Haiti; da esquerda para direita: Claudinei 
Quirino, Sandro Viana, a ginasta Dayane Camillo, o nadador Luiz Lima e 
Nilo Arêas

Da esquerda para direita: Claudinei Quirino, Sandro Viana, a ginasta Dayane Camillo, o nadador Luiz Lima e Nilo Arêas posam para foto em base militar em Porto Príncipe, no Haiti
A fala do militar foi para um grupo de líderes comunitários, dirigentes esportivos haitianos e atletas brasileiros que estavam na apresentação da corrida de 6km que será realizada neste domingo, nas ruas de Bel Air.
"Ninguém mais pratica esporte em Porto Príncipe, porque não tem ninguém que invista em esporte aqui", afirma Correa Neto na reunião no 2.º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabatt 2).
Uma volta em Porto Príncipe e já é possível confirmar a declaração do capitão. Os campos de futebol, o de golfe, um de tênis, estão todos ocupados por barracas de desabrigados vítimas do terremoto.
Uma corrida de rua, então, seria uma forma simples de mobilizar os haitianos pelo esporte. Mas, segundo Correa Neto, desde novembro passado há tentativas frustradas de realizar tal corrida. Para a que deste domingo ocorra, o Exército brasileiro colocará cem de seus homens para fazer segurança do percurso. Outros cem vão participar da prova. Ao todo serão 500 atletas, sendo 360 haitianos. Estes, ganharão cestas básicas ao final da corrida.
A largada da prova será na base do Porto, antes ocupada pelo Exército americano e hoje pelos brasileiro. A chegada será na sede da ONG Viva Rio, que atua no Haiti desde 2004 com trabalhos que vão do saneamento básico ao esporte.
A corrida de 6km conclui a Jornada Haitiana do Esporte pela Paz, evento organizado pela ONU, Exército Brasileiro, ONG Viva Rio e Prefeitura de Manaus. A Jornada levou a Porto Príncipe atletas como Claudinei Quirino (atletismo), Sandro Viana (atletismo), Dayane Camillo (ginástica rítmica), Luiz Lima (natação), Antônio Pizzonia (automobilismo), José Aldo (lutas) e Nalbert (vôlei).
"Todo brasileiro se sensibilizou com a história dos haitianos. Eu sempre quis ajudar, chegou a minha hora", conclui o atleta olímpico Sandro Viana. 



Hoje  o Esporte Espetacular apresentou essa corrida ao público, bem na hora do almoço.
Se havia algum apetite, ele foi embora.
A miséria na qual aquela gente vive é terrível.
Lágrimas são inevitáveis quando a gente vê uma criança de 6 anos, o Maurice, correndo 6Km com um tênis emprestado, muito maior do que o seu pé, em troca de água limpa pra beber e duas bananas de prêmio aos que terminaram a corrida.
A corrida aconteceu no meio dos escombros do terremoto do ano passado, em ruas completamente destruídas, no meio do lixo, da miséria extrema.
Eles disputam comida com os animais.
Pombos, símbolos da paz, são alimento cobiçado.
Doeu o coração.
Gostaria MUITO de poder ajudar essa gente, como tantos outros que vivem em situação semelhante no Haiti, no Brasil e em tantas partes desse nosso mundo.
Mas o que fazer?
Mandar dinheiro? Não vai chegar lá...
Mandar donativos? Não vão chegar lá...
Ir pra lá? Não sei se posso, se tenho coragem, se tenho saúde, se aguento ver tanta tristeza.
Me sinto amarrada e amordaçada.
A comida na minha frente perdeu o saber, o apetite foi embora.
Dá remorso comer diante daqueles crianças famintas, mesmo que elas não possam me ver.
Aquele menino correu 6 Km preocupado com a saúde do adulto que estava ao lado dele, sem lembrar que o adulto estava ali alimentado, trabalhando, enquanto ele próprio corria atrás da sua sobrevivência.
Queria trazê-lo pra casa, oferecer uma cama limpinha, comida gostosa, carinho, saúde, educação.
Ah!, como eu queria...
Ao final da reportagem o Régis Resling (não sei se é assim que escreve) disse: "se Maurice foi capaz de correr 6 Km por duas bananas, o que ele não seria capaz de fazer por um prato de comida? ".
Acabou comigo!

Carnaval

Mais um ano trancada em casa, como se nada estivesse acontecendo por aí.
Mais um ano sem folia, sem fantasia, sem alegria.


Como diz a canção," ... quem não me conhece não pode mais ver pra crer, quem jamais esquece não pode reconhecer" ....

Tempo

Falando do tempo...

Não quero saber se chove ou se faz sol.
Não quero saber que horas são.
Não quero saber quantos dias tenho que trabalhar pra receber meu salário.
Não quero saber quanto falta pra aposentadoria.

O tempo a que me refiro é aquele que a gente não vê passar, não sente passar.
É aquele que ensina coisas importantes e nos deixa sábios.
No entanto, nem toda sabedoria do mundo é capaz de nos fazer entender que cada minuto que passa nunca é mais, é sempre menos.
Sabedoria não faz a gente se conformar com as rugas, com o cansaço, com a velhice, com o abandono.
Eu odeio envelhecer...
Esses dias estive conversando com minha mãe sobre isso e me surpreendi quando a ouvi falar a mesma coisa.
Não sei de onde eu tirei que ela não se importava com isso!
Ela se importa sim. Odeia saber que a cada dia envelhece mais um pouco, perde um pouco mais do viço, da energia, da saúde.
Acho que são essas perdas que fazem dos velhos, pelo menos da maioria deles, pessoas tristes, com olhos cansados, sem vontades, sem desejos.
Será que a noção de que a morte se aproxima fica rondando os pensamentos dos mais velhos?
Será que é o medo do inevitável, do fim da vida, que leva tantos mais vividos para as religiões?
É nas igrejas que se vê a maior concentração de velhinhos, talvez arrependidos dos seus pecados, talvez arrependidos do que não fizeram, com medo de ter que prestar contas em algum lugar pelas dores que causaram, pelo carinho que não fizeram, pelo amor que negaram.
Eu não tinha e nem tenho medo de morrer, mas tenho pavor de envelhecer.
Ficaria feliz se pudesse morrer logo, antes de me ver reduzida a um monte de rugas e lembranças (ou a falta delas, né?), à inveja dos jovens que podem e fazem tudo, sem imaginar que um dia chegarão lá também.
Como eu gostaria de ter 15 anos novamente!
É bem provável que eu fizesse as mesmas burradas que fiz, pois só o danado do tempo nos ensina a fazer as coisas de forma mais elaborada, só a experiência que a vida dá nos possibilita cometer apenas os erros que queremos.
Jovens cometem erros achando que estão certos.
Velhos cometem apenas os erros que querem, pois sabem exatamente o que é certo e o que não é.

Eu não gosto de me olhar no espelho.
Começo a odiar sair pra comprar roupas.
Não gosto masi de sair de casa.
Reclamo dos barulhos, dos agitos.
É assim que se envelhece...

sábado, 5 de março de 2011

Você tem amigos?

Se pararmos para pensar, quantas oportunidades de recebermos um bom dia, deixamos passar  e, consequentemente um sorriso deixamos de receber!




Você nasce sem pedir e morre sem querer...
Por isso, aproveite o Intervalo.




Amigo é coisa pra se guardar...

Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo? Ele está doente!
- Claro, mas o que ele tem?
O filho, com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe, furiosa, diz:
-E você quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima cai de seus olhos e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
'- EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VINHA!'


Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas,alegria e festa. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins,tristes ou alegres.
CONSERVEM SEUS AMIGOS(a)! O VALOR QUE ELES TÊM NÃO TEM PREÇO...
 Que cada um dos meus amigos saiba o quanto é importante pra mim e que eu estarei sempre ao seu lado, incondicionalmente.